Paira sobre a sensibilidade dos poetas loucos
Todas seus sentimentos em palavras escritas,
São poesias reprimidas, malditas
De um poetar enlouquecido e rouco.
Tem um divã em cada estrofe
Que diz muito, não que isso importa,
Mas sabe que a palavra conforta
Como um elixir a sarar quem sofre.
Esses poetas, mestres em evadir-se
Que ousam a rimar com o insano
Sofrem autofagia a roer-lhe as entranhas.
E no final, quando a vida esvair-se
Do corpo vil como qualquer humano,
Sobram as poesias; loucas, insanas.
Haromax