Talvez não houvesse luz para meus olhos
Não fosse, ungidas, suas habilidosas mãos.
Brotei do ventre, menino pagão
Como vinga da semente dura, os carvalhos.
Foi, conta minha mãe, um dia de dor
O culminar do estado interessante.
Um parto longo, como usar sextante
E encontrar no mar, o navegador.
Sim, navega-se na escuridão do parto
Ao buscar por ar, pela luz do quarto
Sem saber das dores da vida inteira.
Estava lá, como a cumprir seu dever
Que Deus incumbiu-a de fazer;
As mãos abençoadas, da parteira.
Haromax