NOVAS ESTRADAS
Nas estradas empoeiradas que me percorre
Muito de mim foi esquecido,
Talvez só os sentimentos que já não são
Permanecem à margem do meu livro rabiscado.
Nesse canto esquecido da prateleira dos tempos
Minha leitura se confunde com os dias,
Uma soma de tempestades e bonanças
Com as quais coexisti, desde sempre.
E atravesso, passo a passo, os umbrais
Da existência sem divagações espúrias.
Talvez só um pouco soturno, contemplativo...
Tecendo poesias e novas estradas.
Haromax