Contemplo as estrelas em todo anoitecer
Fito-ás como quem admira um colar
De diamantes na estampa do universo.
Nada tenho a dizer nesses momentos
Não há como explicar isso, senão senti-las
Com olhos fechados e sentimentos das esperanças.
Vem as recordações, os calafrios dos tempos…
A conformidade do que foi dito, as memórias…
E as sensações de estar emprestado a esse plano
E outras emoções que transcendem o mar
No porto solitário que sou.
Quebro as magias das igrejas no aceitar-me sem sacrifícios
Sentindo as estrelas como uma religião maior
Transcendendo os mistérios da vida e suas conjecturas.
Me sinto bem nessas estranhezas de ver e sentir as estrelas
Sabendo que sou nada diante de tal grandeza.
Assim como é grande a abóboda do universo
Também são meus sonhos contemplando as estrelas,
É como se as conhece-se uma a uma
E sentisse saudades de estar com elas.
E sei, como filho do universo que
Voltarei, regressando às constelações do sempre;
Eternamente!