É memoriável o que sinto
Mesmo quando a dor me tem,
Nas lembranças, sentimentos,
Nos tormentos que me vem.
Sei, assim posso melhorar
Lá, nos bastidores da alma,
Onde me ponho a contemplar
Os silêncios que acalma.
A fonte da vida vem dos anos
Com os sulcos fundos da tez,
Da tolerância que buscamos
Num sorriso de cada vez.
No balanço da vida, rebuscada…
Cada palavra que ofendeu,
Cada dor dormida passada
Foi noite que não amanheceu.
Agora, no ocaso da existência
Quando a conta parece chegar,
Me dou, como clemência,
O direito de perdoar.
Ja perdoei quem me causou dor
Faltou perdoar a mim mesmo.
Que seja alento, forma de amor;
Meu último desejo!
Haromax