Arrastei-me entre suas palavras
Como quem mendiga, com fome e frio.
Abri o coração na ânsia de sentir uma exclamação,
Mas só interrogações, vírgulas e um par de aspas.
Cada sentido do que escrevestes soou como um sino
Rouco numa capela fúnebre.
Palavras, palavras… podem dizer tudo, ou dizer nada,
Vale somente se os entendimentos da alma às permear.
E a minha afogou-se em torrentes pela face.
Na última frase que escrevestes, as aspas…
A profanar a verdade; que foi...
“Adeus”
Haromax