No canto triste e zoado do tempo
Segue um andarilho andrajoso
Vai ao sabor dos ais da vida
Dos retratos mudos da mente.
Nos pés o peso dos ossos sob o sol
Nos ombros alforges de pensamentos
Na cabeça as dúvidas do existir
Nas mãos os calos do silêncio.
Não sorri, não pergunta, não responde
Cambalea sobre a solitária sombra
Não ergue os olhos além dos passos
Não olha para traz, apenas segue...
Andarilho de muitos mapas
De onde vem, pra onde vais?
Na visão do mundo, vem do sempre;
E continuará invisível pela estrada.
haromax