Sabe-se lá porque escrevo
Num ritual de palavras e voz,
Que fluem de mim em alto relevo
Como um martelo quebrando noz.
Jorram lágrimas pelos meus versos
Como um rio caudaloso e vil,
Jorra sangue pelo meu ser controverso
Pra saciar meu vampiro senil.
Será uma sina que aos poetas se impõe?
Será fruto dos não me entender?
Ou seria fome de amor, sem o ter.
No fundo não importa qual a razão,
Não preciso de motivos pra sofrer;
Sendo sina, tecer palavras, dizer!
Haromax