Como poeta me vejo sempre em constante sublimação
Girando tortuosamente diante do tudo e do nada.
Subo e desço na mesma velocidade que as águias e espíritos
Que me rodeiam e me encarceram em oceanos de pensamentos.
Sempre a deriva, margeio rios caudalosos e íngremes
Montanhas de letras, palavras, pensamentos e gentes...
Regurgito memórias e meus escritos exprimem tudo que penso,
Como alguém que transpira frases, como suor.
Afinal, não tenho medo de espiar as estrelas nas noites trovoadas,
Não as enxergo, mas toco-as com a imaginação,
Dou-lhes luz com os olhos d’alma
E frescor dos cheiros da primavera.
Não receio ser engolido pelas minhas fantasias,
Pois sempre haverá uma ponte por aí, uma flor,
Um sorriso de criança, a sombra de uma árvore,
Um novo amor, uma rima...
Devaneio e creio que sempre haverá
Mentes e corações apaixonados, divididos
E dispostos a poetar comigo,
Inspirando e suspirando dores e esperanças.
E na vastidão do cosmos, fim do tudo e início do nada,
Princípio e fim, a poesia, permeada na obra de Deus
Como a terra, o sol, a lua e as estrelas
Existirão eternamente pelo universo transcendental;
Num segundos de milhões de anos!
Haromax