Saberia dizer onde vou, se soubesse
Para onde ir.
Muitas são as estradas que me ofuscam os olhos e
Atam meus pés nas areias do destino.
O sol afogueia minhas retinas,
Teimosas retinas, que insistem em não ver a
luz no Firmamento.
Quando procuro erguer o espírito além de mim, vem
A cegueira de vida, de viver, de entender…
Por isso, o meu caminhar é dúbio e pesado
Como se correntes atadas ao meu corpo, aos
Pensamentos, a minha alma, tivessem cadeados de mil chaves.
Que singular situação do meu pobre ser vivente,
Perdido assim, sem clemência do universo.
Uma mão estendida poderia ser uma bússola!