Quem dera, pudesse ver adiante no mundo
Após as nuvens, os montes, o mar…
Quem dera, pudesse sentir além dos sonhos
Que me sonham nas cercanias da alma.
Quem dera, fosse verdade flores sem espinhos
Nos recônditos da imaginação.
Nada é permitido ao inglório viajante no tempo
Autofagiar seus pensamentos.
É impureza que tempera a loucura,
É insensatez da falsa liberdade,
É lenha queimada, lágrimas vertidas.
E se tudo pudesse ser lido no dialeto acrobático
Das fantasias…
Faria do meu coração um sino que badalasse
Um réquiem às utopias da minha existência!
Haromax