Conjugo em todos os tempos, abjeta,
O passar impávido das minhas eras,
Nomino esses dias como quimeras
Do todo existido na minha alma inquieta.
Nada foi em vão, pois foi o que escolhi,
Nunca foi um jogo incauto de aprendiz,
E tudo foi intenso até quando infeliz,
Do orgasmo ao choro de tudo que vivi.
No ocaso dos meus tempos, regurgito;
Refletir parece ser insano, impessoal,
E mesmo com nó na garganta, grito.
A efemeridade da existência é repulsiva
De idas e vindas de um mundo paradoxal;
Conjugando meu tudo nessa vida passiva!
Haromax