Nada tenho a dizer, senão, silêncios...
Os mais puros e sonoros silêncios
Que um coração possa suportar.
Silêncios de voz muda
Que mais parecem erupção
De vozes trovoadas e caladas
Nas metáforas ambulante dos dias.
É um modo de viver sem ater-se ao outro
Nem aos outros, nem ao mundo, nem aos deuses.
Só um olhar profundo e salgado
Como a preservar o tempo e o espaço.
É como transpor um deserto sem água
Pra beber, mas no final da jornada
Encontrar um oásis.
O silêncio que tem seu prêmio no final
Como um navio após longa viagem
Aporta para descarregar sua carga.
O repousar o fardo silencioso, tão didático
Quanto sábio no seu silenciar.
Mas o final, nunca é final realmente
Tem sempre início a outros silêncios
Outras cargas pra singrar mares bravios.
Uma busca constante de verdades
silenciosamente vividas e não ditas.
E nessa trovoada silenciosa que me segue
Sigo a vida me martirizando com
Meus ruidosos silêncios...
E que silêncios!!!
Haromax