Não chorarei com o canto das cotovias
Nem sorrirei me espraiando nas noites
Pra não assustar as almas errantes
Que vagueiam sobre minhas poesias.
Estão lá, empoleiradas nas estantes
Entoando rimas, sons e melodias
Que de amores sofreram um dia
Os espíritos no passado amantes.
Me acordam nas madrugadas
Me assopram enrredos de sorte
Arrebatados por alguma consorte
Que a vida sofrida lhes urdia.
Será que em vida assim escolheram
Atormentar os poetas, fantasmando poesias?
Vou compor com essa espiritualidade, e
Apeado da vida, lhes farei companhia!
Haromax