Qual folhas secas ao sabor dos ventos,
Qual oleos e cheiros de flores e lençóis,
Assim, batendo asas como rouxinóis,
Assim minha poesia na ânsia do encanto.
Qual o platinado na relva sob a lua,
Qual assobios de tudo na natureza,
Assim, num atavismo de cores e beleza,
Assim é meu inspirar na imagem sua.
Tem sentido esse embrenhar no tudo?
Tem sentido esse sonhar absurdo?
Sou sim um poeta de asas longas.
Nada tem sentido sem o revoar das asas,
Nada sem asas pra voar faz sentido;
Sou devaneador voando, por aí perdido!
Haromax