O céu se estampa nas alturas aos quatro cantos...
Vejo nuvens brancas, violáceas, outras acinzentadas meio fumaça formando imagens, desenhos fantasmagóricos.
Para o poeta já cansado de sonhar normal ( se é que existe normal )
Resta abrir os olhos e imaginar... visões metafísicas de nuvens alopradas.
Deixar o cérebro sair voando por ai, galopando na ilusão, dialogando com a loucura.
Se a arte imita a vida ( ou seria o contrário? ) se rebuscando nos palcos, é hora de interpretar pra mim mesmo.
Me vejo jogado de um ponto a outro no firmamento num dialogo de loucura poética, que pairam sobre minha Existência, misturando algodões de nuvens e a transcedalidade.
Vejo-as regurgitando em frenesi criando formas loucas... são monstros, velhos barbudos, carruagens de fogo, anjos disformes...
Seria Deus se apresentando, desenhando em minha mente pueril?
Não seriam imagens refletidas de meus devaneios?
Quem sabe reflexo de minhas vidas passadas, ou, talvez, mensagens de deuses gregos em meu subconsciente.
Porque lutar contra as formas das nuvens que surgem como magica, desenhadas na mente e transplantadas as alturas?
Mentes e formas de nuvens são tão intangíveis quanto a capacidade de imaginar... sonhar...
Sonhos, são nuvens que se formam na mente, precipitam na forma de poesias... são tormentas em caudais de emoções... bonanças e sorrisos d'alma.
Porém, como sina perpetua do destino e da natureza, diz-se:
Nuvens se recompõe, refazendo-se em formas infinitamente!
Mentes que as imagina, devaneiam em suas formas e se desfazem com a morte, eternamente!
Haromax