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REGURGITANDO

O que será de mim

Depois do fim?

Do ultimo suspiro?

Quem rezará na

Minha morte abençoada?

Trago feridas expostas,

Abertas, sangrando...

Tendo que ficar

Me protegendo, sempre,

Numa batalha insana

De perguntas sem respostas.

Porque não lutar?

Todos temos que ir a luta.

E não importa a qual deus

Se serve o resultado

será sempre o mesmo.

Todos chegaremos

Em algum momento

A empunhar a espada

Do fim... dos mortos...

O encontrar com o final

Não e opção aos desistentes,

E sim resposta ao respirar

No caminhar da carruagem.

Não sei se devo

Cumprir meu destino

E me jogo sempre

Na cova dos leões.

Busco a liberdade

Dass multidões que gritam

Na quietude das planícies.

Meu desapontamento

É justiça e se apressa

Diante da ambição do existir...

Sim! me armarei

Com a couraça da justiça,

Minha justiça, que é rio

Caudaloso e límpido.

Há muitas formas

De coragem em meus sonhos,

E neles luto até a morte, e

No final, minhas virtudes

Serão invisíveis

Não existiram.

E na doença louca que me atormenta

Os dias que me atropelam em

Culpas intangíveis... regurgito,

Estranhas e tresloucadas falas:

O balbuciar da alma...

O afogar da razão...

O mergulhar no insano;

O regurgitar os dias...

 

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Enviado por Haromax em 22/06/2014
Alterado em 17/02/2024
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