Chove lá fora, tempestade...
Trovões e raios ensurdecem os ouvidos
Torrentes de águas caudalosas, ventos uivantes.
É a natureza se renovando se recompondo.
O resultado é verde, flores de cores mil
Que surgem na manha de um sol radiante.
É a natureza bebendo de si mesma.
É a bonança que sempre surge abençoada
Em uma sina divina, repetida, milagrosa.
Por desejo não deixo de comparar:
Que minha alma, meu espirito, meu eu interior
Também sofre de tamanha angustia tempestuosa
De dor, incompreensão, culpa, injustiça e ingratidão, sendo
Vítima dos raios da vida, dos trovões da emoção.
E em um grito surdo olhando para o firmamento
Agora límpido, luxuriante e radiante,
Possa, a exemplo da natureza no seu renascer,
Ter na bonança bendita o desejo de viver!
Haromax